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INFO Dezembro2015 Investigação em Cancro do Cólon:
Degradação da Conexina 43 na Membrana Plasmática por Autofagia no Cancro Colorrectal




















CARCINOGÉNESE E ALTERAÇÕES
GENÉTICAS/MOLECULARES NO CCR

Focando-nos na presença de lesões benignas/pré-malig- Múltiplas mutações genéticas foram associadas ao de-
nas como os pólipos do cólon, sabe-se que a presença senvolvimento de CCR, como por exemplo as mutações
de pólipos adenomatosos aumenta o risco de desenvol- APC (adenomatous polyposis coli) como são demonstra-
ver CCR. O desenvolvimento do CCR é um processo se- das na fgura 1. Salientando apenas o gene APC, este está
quencial/multistep, com múltiplas mutações, como foi associado ao controlo do crescimento celular no cólon de
provado no modelo da equipa de Volgestein e Faeron. Em humanos através da regulação da β-catenina (que é uma
1990, Fearon, estabeleceu três momentos chave para o molécula de adesão celular) e que limita a transcrição dos
desenvolvimento de CCR: 1. as células do CCR são mono- genes Wnt envolvidos na regulação do ciclo celular. Este
clonais sugerindo que a expansão clonal poderia provir gene está mutado em cerca de 80% dos pólipos colorec-
de um pequeno número de células; 2. existem algumas tais esporádicos (Figura 1) e é o primeiro passo na forma-
alterações genéticas associadas ao CCR (ex. RAS, p53, ção de pólipos. Deste modo, tem sido investigado o papel
APC) que conferem maior vantagem ao desenvolvimen- das moléculas de adesão na patogénese do CCR.
to e expansão das células tumorais; 3. a quantidade de
alterações moleculares cumulativas é responsável pelas Figura 1. Modelo de sequência pólipo–carcinoma da ins-
características clínicas e histopatológicas deste tipo de tabilidade cromossómica no cancro colorrectal (Adoptado
tumores (Volgestein e Faeron 1990, 2011). de Axel Walther, 2009).














































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